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O derrame ocular, conhecido como hiposfagma, aparece com o rompimento de minúsculos vasos sanguíneos, localizados na parte branca dos olhos ou conjuntiva (película fina transparente que cobre a esclera) e é identificado por uma mancha vermelha de sangue no olho. Essa situação é bastante comum, não afeta a visão e normalmente desaparece sozinha entre 10 e 14 dias e não é necessário qualquer tratamento. Ainda que na maior parte dos casos, o derrame ocular não seja um quadro grave ou de emergência, ele deve ser sempre avaliado por um médico oftalmologista, já que outras doenças oculares também podem causar o acúmulo de sangue nos olhos.

 

Mas quais as causas, sintomas e tratamento do derrame ocular? Os riscos da ruptura desses pequenos vasos sanguíneos do olho são maiores em pessoas idosas, sobretudo naquelas que têm pressão alta ou diabetes, devido à maior fragilidade dos vasos. Nesses casos, devem-se evitar ações simples como coçar o olho ou o atrito dos olhos com o travesseiro. Tais ações e até as variações da pressão sanguínea podem causar o rompimento de algum vaso sanguíneo e levar a um derrame ocular. Há outros fatores que também podem causar o derrame no olho como tosse prolongada, espirros repetidos, esforço para evacuar, exercícios físicos intensos, como erguer pesos, vômitos, infecções oculares, cirurgia da pálpebra ou do olho, trauma ocular e alterações da coagulação sanguínea. Isso porque em algumas dessas situações provocam o aumento da pressão no interior do vaso sanguíneo, já que exigem grande esforço.

 

Qual é o tratamento para derrame no olho? Em geral, o derrame ocular resolve-se espontaneamente, sem necessidade de tratamento. Os danos provocados são reversíveis e mesmo nos casos de sangramento intenso, o sangue normalmente é reabsorvido pelo corpo em até duas semanas. Além do repouso,  se recomenda aplicar durante uns 20 minutos, 4 vezes ao dia, compressa fria de água ou soro, o que contrai os vasos sanguíneos e ajuda a diminuir o sangramento. Em alguns casos é indicado o uso de lágrimas artificiais para aliviar o desconforto, uma vez que dependendo da extensão do derrame ocular, pode haver dificuldade de mexer os olhos. As lágrimas artificiais não aceleram o desaparecimento da mancha, apenas lubrificam os olhos. Em casos mais raros, o uso de lágrima artificial pode ser associado à utilização de colírios com corticoides. O ideal é que sempre que apareça um derrame ocular se busque um oftalmologista para avaliação clínica, sobretudo se o derrame ocular estiver associado à febre ou alteração na visão.