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O paciente hipertenso apresenta um aumento significativo de riscos de doenças oftalmológicas, como o glaucoma e a retinopatia hipertensiva, que podem ser resultantes de  um longo período sem controle da hipertensão arterial, o que afeta a qualidade da visão e aumenta o risco de outras patologias oftalmológicas. A doença atinge entre 2% e 15% dos hipertensos, especialmente os afrodescendentes. A alteração da pressão compromete os vasos sanguíneos que irrigam a retina, o que pode causar hemorragias na região.  A retinopatia, além de provocar a perda na visão, aumenta o risco de que haja descolamento de retina hemorrágico.
 
Sintomas - A doença é silenciosa e não apresenta qualquer sintoma, exceto quando ocorre obstrução das veias ou artérias retinianas. Por isso, uma vez identificada a hipertensão arterial é fundamental o acompanhamento periódico da visão com um oftalmologista, de forma a identificar e tratar eventuais alterações na visão o quanto antes.
 
 A pessoa que sofre da doença tem mais propensão ao aparecimento de uma trombose venosa  da retina e doenças coronarianas, devido a alteração das paredes das artérias.  É comum  o surgimento de manchas na visão, perda de visão central ou periférica e distorções na visão de maneira geral.
 
Tratamento - Para detectar a retinopatia os oftalmologistas fazem o exame de mapeamento de retina, além de levar em consideração o histórico do paciente, com informações sobre a hipertensão, há quanto tempo ela foi diagnosticada e como anda o seu controle. Não há tratamento específico para as alterações vasculares  na retina, a não ser quando já ocorrem fenômenos tromboembólicos, levando ao edema e a hemorragia retiniana, daí a importância do diagnóstico precoce. O primeiro passo é controlar a hipertensão para evitar a progressão da doença. Em alguns casos podem ser aplicadas técnicas como o uso de fotocoagulação a laser ou de injeções de medicações intravítreas (intraoculares) a fim de melhorar a perfusão retiniana e melhorar o processo de degeneração da região.

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